quarta-feira, 27 de maio de 2015

A ponte entre o reggae e o punk brasileiro existe e se chama Crasso Records

Há muito mais em comum entre os moicanos punks e os dreadlocks rastafáris do que supõe nossa vã filosofia, diria talvez o bardo inglês Shakespeare nos dias de hoje, e olha que nem estamos nos referindo ao seminal BadBrains, ein?

Focando em estilos como PUNK ROCK/ ROCK AND ROLL/ SKA / REGGAE, diretamente da megalópole São Paulo, cosmopolita por natureza, a CrassoRecords atua em 3 frentes:
·         Selo fonográfico independente;
·         Produtora Cultural;
·         Merchandising.
Desta forma, a Crasso busca trazer ao cenário alternativo, underground e da contracultura em geral, a mesma veia subversiva e inédita no Brasil, que uniu as tribos lá na gringa, entre Punks, Rude Boys, Rastafáris e Rockers.
Afinal, muito embora o ritmo destes estilos e gêneros musicais possa muitas vezes ser diferente, a ideia central e temática existente dentro do Ska, do Punk, do Rock e do próprio Reggae sempre sintonizou a mesma galera, que é a de união, de faça-você-mesmo, da estética subversiva, diversão e por aí vai.
Don Letts que o diga! A maior prova de que dreadlocks e moicanos poderiam muito bem frequentar o mesmo rolê foi quando o visionário The Clash, icônico quarteto londrino punk fez um cover de “Police and Thieves", de Junior Murvin.
Don Letts antes dos dreads - Fonte:http://www.fredperry.com/blog/post/2012/04/03/don-letts-culture-clash-chapter-5

The Clash

Na verdade, a visão do The Clash apenas refletiu o fenômeno da troca cultural existente na Inglaterra da década de 70, quando os punks locais e os imigrantes jamaicanos tiveram um explosivo contato que resultou numa verdadeira bomba cultural a ecoar nos 4 cantos do mundo.
E onde entra Don Letts nesta fita? Simples; o famoso cineasta, conhecido muito mais pelas suas façanhas como diretor de cinema do que como músico, foi peça chave na junção do Reggae com o Punk em plena efervescência deste movimento.
Roxy Club

Letts que atuou como baixista da banda Big Audio Dynamite, ao lado de Mick Jones (The Clash) discotecou em clubes como o famoso Roxy- templo do punk londrino- e por meio do Reggae Music criou a ponte necessária que permitiu a junção entre a “positive vibration” dos ritmos jamaicanos com o “destroy” e agressividade do punk.
Mudando o contexto para os dias atuais e mais precisamente ao nosso país, a ideia da Crasso Records é bem simples: ser o ponto de partida e expandir mentes, fronteiras e corações, mostrando que há muito de punk no reggae, e muito de reggae no punk, e que reggae não é apenas Bob Marley. Tudo isso para suprir este “vão” existente na terra tupinikin.
Se na gringa o Dub, o Ska, o Reggae e a porra toda tiveram essa união, respeito e troca tão rica, que agregou tanto, seja na questão musical e artística, seja na relação interpessoal mesmo, por que não aqui no Brasil, país que tem todo tipo de pessoas, raças e crenças?
No cast da Crasso Records, temos bandas como Corazones Muertos e Sensimilla Dub. Por meio dessas bandas já podemos sentir, mesmo que timidamente, a influência do reggae no punk e vice-versa por aqui.
Corazones Muertos: uma das apostas Crasso Records

Esta é apenas uma, das inúmeras sementes que a Crasso Records, na ativa desde 2013, está plantando, para que num futuro, não tão distante assim, o universo Reggae se mescle ao do Punk e que uma as forças em prol de um bem comum.
Fan Page Crasso Records: https://www.facebook.com/CrassoRecords 




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